Hoje as palavras faltam para expressar os sentimentos. Ontem, 25 de julho de 2010, aconteceu o maior evento já realizado pela ACervA Paulista, o esperado festival de inverno, organizado organizado em conjunto com a Cervejaria Bamberg.
O festival foi simplesmente fenomenal, aproximadamente 250 pessoas estavam presentes para apreciar e dugustar mais de 25 tipos de cervejas elaboradas pelas mãos dos sócios da ACervA Paulista e pelos confrades da ACervA Carioca, sem contar as deliciosas cervejas da própria Cervejaria Bamber, Cervejaria Colorado e Falke Bier.
As fotos realmente impressionam, eu nunca havia presenciado tamanha festa cervejeira, nem mesmo o Oktoberfest de Blumenau nos proporciona uma emoção tão grande.
Para acompanhar as cervejas presentes foi servido um churrasco de chão. Para queles que nunca ouviram falar, dêem uma olhada abaixo :-)
Acreditem, eram costelas inteiras que assaram durante toda a madrugada sob o calor do braseiro à lenha que estava em volta.
Não bastasse toda a fartura de comida, cerveja e música, ainda tivemos a presença de personagens ilustres como os três proprietarios das cervejarias que apoiam mais do que nunca a cultura cervejeira no Brasil: Marcelo Carneiro (Colorado), Marco Falcone (Falke) e Alexandre Bazzo (Bamberg).
Além dos jurados, avaliadores das cervejas do concurso, o pessoal do Rio marcou presença e trouxeram também suas preciosidades para nosso evento. E como não poderia deixar de ser, Alexandre Bazzo elaborou uma premiação especial cujo nome não vou lembrar :-) pois era em Alemão, para os pioneiros da cerveja caseira no Brasil: Botto, Maurinho e Ricardo Rosa.
Aproximadamente ao meio dia os três vencedores do concurso: Guilherme, Paulo e Alex, foram anunciados e receberam suas premiações, pelas belas cervejas produzidas para o concurso.
Não podemos deixar de lembrar do pessoal da costela, todos trabalharam duro desde o sábado à tarde para que festa pudesse sair como saiu, perfeita. O pessoal não trabalhou no evento para ganhar, e sim para ajudar, são todos voluntários e todo o dinheiro arrecadado com o serviço oferecido por eles foi convertido em uma cadeira de rodas que será doada. Agradecimentos especiais a este pessoal dedicado e exemplar.
Um brinda à cerveja, parabéns a todos e que venham os próximos encontros e festivais, pois 2010 está apenas na metade :-) e 2011 que nos aguarde!
Viva a cervja!
segunda-feira, 26 de julho de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
1o Concurso de Cerveja Caseira de São Paulo / Festival de Inverno
Cervejeiros e cervejeiras, é com muito orgulho que anuncio neste espaço o maior e mais esperado evento cervejeiro do estado de São Paulo, a ser realizado pela ACervA Paulista (Associação dos Cervejeiros Artesanais Paulista) em conjunto com a Cervejaria Bamberg (http://www.cervejariabamberg.com.br/). Trata-se do primeiro concurso de cervejas caseiras realizado no estado de São Paulo, um evento inédito para o estado e para a cultura cervejeira do Brasil. Cada vez mais pessoas se interessam pela arte da cerveja e esta é uma oportunidade imperdível de conhecer este mundo maravilhoso da cerveja.
No dia 24 de julho (sábado) ocorre em Votorantim a avalição das cervejas inscritas no concurso. Foram mais de 40 inscritos e as cervejas serão avaliadas na própria cervejaria Bamberg por uma equipe selecionada de mestres e especialistas na arte da cerveja. O estilo escolhido para o concurso foi o ESB (Extra Strong Bitter, BJCP 8C) um estilo clássico da escola cervejeira inglesa, onde prevalesce o aroma dos lúpulos ingleses e o magnífico amargor dessas cervejas. Este será um evento fechado e só estarão presentes os membros da organização do evento e os jurados que irão avaliar as cervejas inscritas.
Para comprar o seu convite para o grande evento acesse http://festivaldeinverno.acervapaulista.com.br/
Viva a cerveja!
No dia 24 de julho (sábado) ocorre em Votorantim a avalição das cervejas inscritas no concurso. Foram mais de 40 inscritos e as cervejas serão avaliadas na própria cervejaria Bamberg por uma equipe selecionada de mestres e especialistas na arte da cerveja. O estilo escolhido para o concurso foi o ESB (Extra Strong Bitter, BJCP 8C) um estilo clássico da escola cervejeira inglesa, onde prevalesce o aroma dos lúpulos ingleses e o magnífico amargor dessas cervejas. Este será um evento fechado e só estarão presentes os membros da organização do evento e os jurados que irão avaliar as cervejas inscritas.
m seguida, no dia 25 de julho (domingo), ocorre a grande festa de premiação do vencedor do concurso e o grande festival de inverno de cervejas artesanais. Serão mais 20 tipos de cervejas de inverno elaboradas pelas mãos de cervejeiros caseiros que estarão presentes para serem degustadas pelos convidados. E além das cervejas caseiras ainda teremos a presença das maravilhosas cervejas artesanais das cervejarias Bamberg, Colorado e Falke Bier. E para o almoço teremos um especial churrasco de chão. Não perca tempo e garanta já o seu convite, pois estes são limitados.
Viva a cerveja!
DeSanti Dubbel
No dia 05 de junho foi feita a brassagem da primeira DeSanti feita no estilo Dubbel (BJCP 18C).
Apesar de esta ser a primeira Dubbel, as cervejas do estilo Bengian Strong Ale estão entre as minhas preferidas, onde predominam o maltado, caramelo e um leve torrado, além de poder ter esteres que lembram o aroma de banana, muito comum em muitas cervejas da família ale.
Esta primeira DeSanti Dubbel foi um ensaio para a cerveja a ser levada no grande encontro cervejeiro paulista de 2010: Festival de Inverno da ACervA Paulista (http://festivaldeinverno.acervapaulista.com.br/).
A DeSanti Dubbel estará presente e poderá ser degustada durante o festival de inverno. Acesse o site da AcervA Paulista e garanta o seu ingresso para degustar a nossa Dubbel.
Cerveja: DeSanti Dubbel
Receita para 30 litros
1. Maltes:
6,00 Kg Pale Ale
4,00 kg Munich Type II
0,60 Kg CaraAmbar
0,15 Kg CaraAroma
2. Lúpulos:
25,0 g Sladek (5,17%) - adicionado na fervura (fervido por 60 minutos)
15,0 g Sladek (5,17%) - adicionado na fervura (fervido por 15 minutos)
3. Adjuntos:
1,0 Kg açúcar - adicionado durante a fervura nos 10 minutos finais
4. Levedura:
11,5 g Fermentis Safbrew S-33
4. Brassagem:
90 min -> 70 °C
5 min -> 78 °C
5. Fervura:
20 min -> primeira adição de lúpulo
65 min -> segunda adição de lúpulo
70 min -> adição de açúcar
80 min -> final da fervura
6. Fermentação / Maturação:
15 dias -> 18 °C
20 dias -> 0 °C
7. Características Finais:
IBUs: 15,6 (calculado por http://www.rooftopbrew.net/ibu.php)
OG: 1079 (19 °Brix)
FG: 1020 (5 °Brix)
Álcool: 8,4 ABV (calculado por http://www.artleyshomebrew.com/alcohollevelinhomebrew.php)
Cor: ?? SRM
Viva a cerveja!
Apesar de esta ser a primeira Dubbel, as cervejas do estilo Bengian Strong Ale estão entre as minhas preferidas, onde predominam o maltado, caramelo e um leve torrado, além de poder ter esteres que lembram o aroma de banana, muito comum em muitas cervejas da família ale.
Esta primeira DeSanti Dubbel foi um ensaio para a cerveja a ser levada no grande encontro cervejeiro paulista de 2010: Festival de Inverno da ACervA Paulista (http://festivaldeinverno.acervapaulista.com.br/).
A DeSanti Dubbel estará presente e poderá ser degustada durante o festival de inverno. Acesse o site da AcervA Paulista e garanta o seu ingresso para degustar a nossa Dubbel.
Cerveja: DeSanti Dubbel
Receita para 30 litros
1. Maltes:
6,00 Kg Pale Ale
4,00 kg Munich Type II
0,60 Kg CaraAmbar
0,15 Kg CaraAroma
2. Lúpulos:
25,0 g Sladek (5,17%) - adicionado na fervura (fervido por 60 minutos)
15,0 g Sladek (5,17%) - adicionado na fervura (fervido por 15 minutos)
3. Adjuntos:
1,0 Kg açúcar - adicionado durante a fervura nos 10 minutos finais
4. Levedura:
11,5 g Fermentis Safbrew S-33
4. Brassagem:
90 min -> 70 °C
5 min -> 78 °C
5. Fervura:
20 min -> primeira adição de lúpulo
65 min -> segunda adição de lúpulo
70 min -> adição de açúcar
80 min -> final da fervura
6. Fermentação / Maturação:
15 dias -> 18 °C
20 dias -> 0 °C
7. Características Finais:
IBUs: 15,6 (calculado por http://www.rooftopbrew.net/ibu.php)
OG: 1079 (19 °Brix)
FG: 1020 (5 °Brix)
Álcool: 8,4 ABV (calculado por http://www.artleyshomebrew.com/alcohollevelinhomebrew.php)
Cor: ?? SRM
Viva a cerveja!
quarta-feira, 21 de abril de 2010
DeSanti Ambar Ale
Mais uma DeSanti saindo quentinha do forno, ou melhor da panela :-)
Amigos cervejeiros e cervejeiras, neste final de semana (18/04/2010) brassei mais uma DeSanti.
Meu estoque de maltes estava meio baixo de maltes base, ou melhor não tinha malte base, então tive que utilizar só maltes especiais :-).
Também não pensei em nenhum estilo em especial, então fui no meu estoque e encontrei por lá os seguintes maltes: CaraAmbar, Munich II, CaraHell e CaraAroma, mas dispensei o CaraAroma logo no início, pois eu queria uma cerveja mais "clara".
Então resolvi brassar uma cerveja mais avermelhada, espero que assim ela fique, e pela cor a batizei de Ambar Ale.
Adicionei pouco lúpulo, pois queria deixar mais perceptíveis as características destes maltes e o frutado do fermento, o T-58 da Fermentis.
E para dar um pouquinho mais de álcool, adicionei um pouquinho de açúcar na fervura.
Chega desse papo furado e vamos à receita então.
Cerveja: DeSanti Ambar Ale
Maltes:
2,5 kg Carahell
2,5 kg Munich TYPE II
1,0 Kg CaraAmbar
Lúpulos:
10,0 g U.S. Golding (5,8%) - fervura por 60,0 min
10,0 g Sladek (5,17%) - fervura por 60,0 min
30,0 g Sladek (5,17%) - fervura por 3,0 min
Adjuntos:
Fermento:
11,5 g Fermentis Safbrew T-58
Brassagem:
60 min -> 65 °C
30 min -> 72 °C
5 min -> 78 °C
Características Finais:
Alcohol: ?? (a calcular, esperando a breja ficar pronta)
Color: 15,66 SRM (30,85 EBC) (calculado por http://www.brewersfriend.com/srm-calculator)
Viva a cerveja!
Amigos cervejeiros e cervejeiras, neste final de semana (18/04/2010) brassei mais uma DeSanti.
Meu estoque de maltes estava meio baixo de maltes base, ou melhor não tinha malte base, então tive que utilizar só maltes especiais :-).
Também não pensei em nenhum estilo em especial, então fui no meu estoque e encontrei por lá os seguintes maltes: CaraAmbar, Munich II, CaraHell e CaraAroma, mas dispensei o CaraAroma logo no início, pois eu queria uma cerveja mais "clara".
Então resolvi brassar uma cerveja mais avermelhada, espero que assim ela fique, e pela cor a batizei de Ambar Ale.
Adicionei pouco lúpulo, pois queria deixar mais perceptíveis as características destes maltes e o frutado do fermento, o T-58 da Fermentis.
E para dar um pouquinho mais de álcool, adicionei um pouquinho de açúcar na fervura.
Chega desse papo furado e vamos à receita então.
Cerveja: DeSanti Ambar Ale
Maltes:
2,5 kg Carahell
2,5 kg Munich TYPE II
1,0 Kg CaraAmbar
Lúpulos:
10,0 g U.S. Golding (5,8%) - fervura por 60,0 min
10,0 g Sladek (5,17%) - fervura por 60,0 min
30,0 g Sladek (5,17%) - fervura por 3,0 min
Adjuntos:
0,6 Kg Açúcar Refinado - adicionado na fervura, 10 últimos minutos
Fermento:
11,5 g Fermentis Safbrew T-58
Brassagem:
60 min -> 65 °C
30 min -> 72 °C
5 min -> 78 °C
Fervura:
30 min -> primeira adição de lúpulo
80 min -> adição do açúcar
87 min -> segunda adição de lúpulo
90 min -> final da fervura
Características Finais:
IBUs: 22,1 (calculado por http://www.rooftopbrew.net/ibu.php)
OG: 1.050 (12,6 °Brix)
FG: ?? (a calcular, esperando a breja ficar pronta)OG: 1.050 (12,6 °Brix)
Alcohol: ?? (a calcular, esperando a breja ficar pronta)
Color: 15,66 SRM (30,85 EBC) (calculado por http://www.brewersfriend.com/srm-calculator)
Viva a cerveja!
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Keg vs. Postmix: qual a melhor opção?
É possível utilizar barris em casa?
Muitos devem se perguntar: não mais fácil utilizar garrafas?
O uso dos barris tem duas principais vantagens em relação ao uso de garrafas: facilidade de transporte de grande quantidade de cerveja; e maior facilidade de limpeza e envaze. Como os barris transportam maior quantidade de cerveja com maior facilidade, eles são ideais para quem quer realizar uma festa, um churrasco, etc, e quer levar sua cerveja caseira. Mas a principal vantagem, em meu ponto de vista, é a facilidade no momento da limpeza e envaze de novas levas de cerveja, com certeza temos muito mais trabalho lavando 30 garrafas de cerveja do que um único barril.
Mas a idéia não é substituir as garrafas por barris. Os barris são mais uma opção para armazenamento e consumo de cerveja e podem sim ser utilizados sem problema algum pelos cervejeiros caseiros. Nos próximos parágrafos iremos discutir sobre o seu funcionamento e as vantagens e desvantagens de cada tipo.
E como funcionam?
Tanto o keg quanto o postmix têm o mesmo princípio de funcionamento, um barril de armazenamento de cerveja onde são necessárias uma entrada de CO2 e uma saída de cerveja. O CO2 é utilizado para aumentar a pressão interna do barril e expulsar a cerveja que está em seu interior. Ao contrário do que muitos pensam, o CO2 não é diluído instantaneamente no líquido durante o processo de retirada da cerveja, ou seja, a cerveja já deve estar com carbonatação suficiente no momento em que é adicionada no barril. A carbonatação da cerveja é um tópico a parte e está fora do escopo deste texto, falaremos sobre este tópico em um artigo futuro.
Vale lembrar que tanto para o uso do keg, quanto para o postmix, é necessário um cilindro de CO2 e uma válvula reguladora de pressão que é conectada a este cilindro. Além disso, para se extrair a cerveja do barril deve-se utilizar algum tipo de torneira. É recomendado que se utilize uma chopeira, mas é possível adaptar torneiras diretamente ao barril. A vantagem do uso da chopeira é que ela pode gelar a cerveja na hora, e a torneira adaptada não, ou seja, para o uso da torneira adaptada é necessário que o barril seja previamente resfriado e/ou colocado dentro de um tanque de gelo.
Nos próximos parágrafos descreveremos as características, funcionamento, uso e custos estimados para o keg e para o postmix considerando todo o equipamento necessário para o uso de cada um. Note que os custos são valores aproximados e podem sofrer alguma variação de acordo com o modelo e marca dos equipamentos citados, além de poderem estar defasados no momento da leitura deste texto. No final do artigo citaremos alguns locais onde os equipamentos podem ser adquiridos.
a) Keg
Atualmente os barris do tipo keg são os mais utilizados comercialmente, eles são facilmente encontrados em bares e restaurantes e são utilizados na distribuição de chopp pelas macro e micro cervejarias de todo o país. São geralmente fabricados em aço inoxidável e menos comumente em alumínio.
Volume: no Brasil os volumes mais comuns de kegs são os de 5, 10, 15, 20, 30 e 50 litros. Para nós cervejeiros caseiros, talvez o ideal seja o de 20 litros, já que o volume de receita mais comum é de 20 litros. Veja na imagem abaixo um barril do tipo keg de 30 litros.
Figura1: barril keg
Acessórios/custo: para o uso de barris do tipo keg são necessários alguns acessórios. Abaixo estão listados estes acessórios e seus respectivos custos aproximados.
Item | Custo (R$)(*) |
Barril do tipo keg (20 litros) | 300,00 |
Valvula extratora keg | 180,00 |
Cilindro de CO2 (3Kg) | 300,00 |
Válvula reguladora de pressão | 150,00 |
Chopeira a gelo com 1 torneira | 800,00 |
(*) custos aproximados, cotados em março/2010
Considerando os valores citados acima, pode-se afirmar que os custos para o uso de barris do tipo keg é um pouco elevado. O kit completo irá gerar um custo em torno de R$ 1730,00. Esse custo pode ser reduzido para algo em torno de R$ 1130,00 substituindo-se a chopeira por uma torneira adaptada diretamente ao barril. Mas o restante do equipamento é imprescindível para o uso do keg.
Funcionamento: como citado anteriormente, para se retirar o chopp de um barril keg é necessário aumentar sua pressão interna. Para isso utilizamos uma válvula keg. Esta válvula contém uma entrada para o CO2 e uma saída para a cerveja, ela é de fácil acoplamento ao barril e raramente apresenta algum tipo de vazamento ou problema de funcionamento. Observe na imagem abaixo uma válvula keg.
Figura 2: válvula extratora keg
Internamente o keg contém um sifão que vai até o fundo do barril, permitindo que o líquido possa ser extraído até o seu final. Na próxima imagem temos um barril keg de 50 litros recortado, de forma que é possível visualizar o seu interior. Observe o sifão saindo da parte superior do barril e chegando até o seu fundo.
Figura 3: interior de um barril keg
Uso: com relação ao uso do keg, pode-se afirmar que é bem simples utilizá-lo em casa, desde que o usuário tenha uma ferramenta apropriada para retirar o seu sifão para que se possa lavá-lo e envazá-lo. Esta ferramenta não tem nada de especial e pode ser construída em casa mesmo ou pode-se mandar confeccionar uma em aço inoxidável.
Manutenção: para finalizar nossa discussão sobre os barris keg, falaremos brevemente sobre sua manutenção. Os kegs são bem robustos e é bem difícil geraram algum tipo de manutenção mecânica. Raramente se faz necessário trocar alguma peça do sifão, ou mesmo o próprio sifão, mas caso seja necessário substituí-lo isso pode gerar um custo extra. Geralmente o que se faz de manutenção em kegs é a substituição das borrachas de vedação do sifão, mas o custo desse tipo de manutenção é mínimo. Para o leitor ter uma melhor noção, cito como exemplo o meu keg, ele tem aproximadamente uns 4 anos de uso e até o momento da escrita deste texto nunca foi realizada manutenção mecânica, apenas a troca das borrachas de vedação. Este keg é utilizado em média uma vez a cada 45 dias aproximadamente.
Enfim, o uso de kegs é recomendado para quem quer levar sua cerveja para eventos, ou mesmo realizar uma festinha em casa, desde que o cervejeiro tenha disposição de gastar um pouco no início para adquirir os acessórios necessários.
b) Postmix
O postmix é um tipo de barril que foi muito utilizado para armazenamento de refrigerante alguns anos atrás. Alguns devem se lembrar daqueles tanques cilíndricos com as bordas pretas e emborrachadas que eram entregues em restaurantes pelas empresas de refrigerantes, estes velhinhos são os famosos barris do tipo postmix.
Volume: os postmix são encontrados nos volumes de 10 e 19 litros, volume ideal para o pessoal que faz cerveja em casa, uma vez que a receita mais comum é a de 20 litros. Se você não se lembra do postmix veja abaixo uma foto de um.
Figura 4: tanque postmix
Acessórios/custo: abaixo segue a lista de acessórios necessários para o uso dos barris postmix.
Item | Custo (R$)(*) |
Barril postmix (20 litros) | 100,00 |
Válvula extratora de chopp | 40,00 |
Válvula para entrada de CO2 | 40,00 |
Cilindro de CO2 (3Kg) | 300,00 |
Válvula reguladora de pressão | 150,00 |
Chopeira a gelo com 1 torneira | 800,00 |
(*) custos aproximados, cotados em março/2010
Nota-se um menor custo para o uso do postmix em relação ao keg. No total os equipamentos para o postmix irão sair em torno de R$ 1430,00. Assim como no caso do keg, podemos eliminar a chopeira e adicionar uma torneira adaptada abaixando o custo para R$ 630,00. Ou seja, os custos para o uso do postmix podem chegar à metade dos custos para o uso do keg.
Funcionamento: da mesma forma que o keg, o postmix necessita uma pressão maior em seu interior para que o líquido seja expulso pela saída de chopp. A diferença do postmix para o keg são as conexões. O postmix contém uma conexão para o CO2 e uma para a saída do chopp, além de conter uma tampa removível para a limpeza e envaze. O postmix também contém um sifão que vai até o seu fundo permitindo a extração total do chopp.
Uso: como citado acima, na parte superior do postmix há duas conexões e uma tampa removível. Uma das conexões serve para a entrada de CO2 e a outra para saída de cerveja. Observe na próxima figura as conexões na parte superior do tanque postmix.
Figura 5: vista da parte superior de um tanque postmix
Como se pode notar, não é necessário nenhum tipo de ferramenta especial para retirar a tampa do postmix, ela é automática e de fácil retirada. Como as conexões do CO2 e de saída do líquido são separadas, são necessárias duas válvulas. Estas válvulas podem ser de 2 tipos: pin lock e ball lock. Cuidado, pois as duas não são compatíveis entre si, apesar de serem muito parecidas por fora, a conexão é diferente e pode causar algum transtorno caso não verifiquem previamente. Observe abaixo as entradas ball lock e pin lock e seus respectivos conectores.
Figura 6: conexão tipo pin lock Figura 7: conexão tipo ball lock
Figura 8: válvula tipo pin lock Figura 9: válvula tipo ball lock
Manutenção: não tenho muita experiência com tanques postmix, no entanto presenciei alguns probleminhas de vazamento nas conexões das válvulas de extração de chopp. Mas imagino que o postmix não dê muita manutenção assim como o keg, e mesmo que tenha mais manutenção o custo desta é bem menor do que o custo de manutenção do keg. Geralmente será necessária a substituição das borrachas de vedação das válvulas e da tampa superior, e como as válvulas do postmix são bem mais baratas que a do keg elas podem ser facilmente substituídas caso apresentem problema.
c) Barris Híbridos
Para aqueles que têm interesse nos dois tipos de barril, atualmente existe a opção do barril híbrido. Empresas têm fornecido barris que oferecem tanto as conexões postmix quanto a conexão keg em um mesmo barril. Na verdade são tanques postmix onde sua tampa é removida e um sifão keg é adaptado em seu lugar. Assim eles funcionam com pin lock ou ball lock em conjunto com a válvula keg.
Não iremos nos aprofundar na descrição dos tanques híbridos, uma vez que eles têm todas as características do postmix e do keg juntas.
Resumo das características
Característica | Postmix | Keg |
Custo | Moderado | Alto |
Facilidade de acesso (compra) | Moderado | Fácil |
Capacidade de armazenamento | 10 e 19 litros | 5, 10, 15, 20, 30 e 50 litros |
Facilidade de uso (extração) | Moderado | Fácil |
Facilidade de uso (envaze) | Fácil | Moderado |
Manutenção | Fácil / Custo Baixo | Fácil / Custo Moderado |
Tipos de válvulas | 2 | 1 |
Válvulas necessárias | 2 | 1 |
Fornecedores de Equipamentos e Acessórios
Segue abaixo uma lista de alguns fornecedores de equipamentos para armazenamento e consumo de cerveja.
7. Chopeiras Citti (site não encontrado, fica em Ribeirão Preto)
Conclusão
As vantagens e desvantagens de cada tipo de tanque são várias. É difícil afirmar quel seria a melhor opção de armazenamento para os cervejeiros caseiros. No entanto muitos pensarão inicialmente em custo e acesso ao equipamento e neste caso com certeza o postmix seria uma boa escolha. Por outro lado se pensarmos em compatibilidade e robustez o keg seria melhor opção.
Deixo então para o cervejeiro colocar no papel suas principais prioridades e decidir qual seria a melhor opção.
Saúde, e boa cerveja!
quarta-feira, 31 de março de 2010
Nasce o Espaço da Cerveja DeSanti
Finalmente nasce o espaço da Cerveja DeSanti. Após resistir por muito tempo contra os blogs e tecnologias afins, resolvi aderir e criar o espaço da minha cerveja.
O objetivo é dedicar este espaço à cerveja artesanal e à divulgação da cultura cervejeira pelo Brasil e pelo mundo.
Como primeiro post gostaria de contar um pouco da história da Cerveja DeSanti. Ela nasceu a quase 10 anos, quando eu e o amigo Boto (Éverton S. Estracanholli), de Matão e produtor da Cerveja Kirchen em São Carlos, nos juntamos para as primeiras aventuras. Tudo teve início quando ele encotrou um antigo livro de seu pai que ensinava os primeiros passos no processo de fabricação de cerveja caseira. Pois é, um manual de como fazer cerveja já estava disponível a pelo menos uns 30 anos atrás, e na época o pai do Boto já fazia sua cerveja caseira, e muitos de nós nem haviamos nascido.
Se hoje já sofremos um pouco para encontrar insumos e equipamentos, imagine a 30 anos atrás!
O tempo passou, e o manual ficou lá esperando para ser encontrado pelos amigos de bebedeira na faculdade. É isso mesmo, começamos a fazer cerveja pelo simpels fato de ter acesso barato à bebida, olha só onde chegamos. Hoje fazemos pelo prazer de experimentar um dos melhores prazeres da vida.
Não sou religioso, mas se há algo divino neste mundo com certeza é este líquido precioso que hoje temos o privilégio de produzir em casa.
Continuando a história, passamos por muitas dificuldade tetando produzir as primeiras levas de cerveja caseira. Começamos com malte de cevada comprados em pequenas micro-cervejarias e tentando utilizar o famoso fermento de pão e filtro de pano de algodão. Terrível!!! Mas quem um dia não tentou :-)
Mas aos poucos a situação foi mudando. Por volta de 2002/2003 as primeiras comunidades do Orkut começaram a surgir, e a cultura cervejeira começou a dar os primeiros passos. Após 1 ou 2 anos de estagnação, voltamos a produzir cerveja, tentamos até produzir para venda, mas como devem imaginar não deu certo na época.
Com o tempo as brassagens foram melhorando e ganhando mais sabor e vida, e até um rótulo foi merecido. Com a grande ajuda do cervejeiro Marcus Alves também membro da ACervA Paulista e produtor da Cerveja Sorocabana, a Cerveja DeSanti ganhou sua imagem, e o primeiro rótulo foi para a IPA, umas das cervejas que mais aprecio.
Finalmente em 2007 surge a ACervA Paulista, associação da qual faço parte hoje e tenho orgulho de poder colaborar e participar dos eventos. Através da ACervA Paulista tivemos acesso a muita informação e posso dizer que nestes últimos 4 anos de cerveja artesanal a evolução foi extremamente grande.
Para finalizar, digo que com certeza que a cerveja artesanal no Brasil está em pleno crescimento. Estamos aos poucos conseguindo difundir essa cultura maravilhosa pelo país e mobilizando cada vez mais pessoas com a causa.
Um brinde à cerveja e aos amigos.
Saúde, e boa cerveja!
O objetivo é dedicar este espaço à cerveja artesanal e à divulgação da cultura cervejeira pelo Brasil e pelo mundo.
Como primeiro post gostaria de contar um pouco da história da Cerveja DeSanti. Ela nasceu a quase 10 anos, quando eu e o amigo Boto (Éverton S. Estracanholli), de Matão e produtor da Cerveja Kirchen em São Carlos, nos juntamos para as primeiras aventuras. Tudo teve início quando ele encotrou um antigo livro de seu pai que ensinava os primeiros passos no processo de fabricação de cerveja caseira. Pois é, um manual de como fazer cerveja já estava disponível a pelo menos uns 30 anos atrás, e na época o pai do Boto já fazia sua cerveja caseira, e muitos de nós nem haviamos nascido.
Se hoje já sofremos um pouco para encontrar insumos e equipamentos, imagine a 30 anos atrás!
O tempo passou, e o manual ficou lá esperando para ser encontrado pelos amigos de bebedeira na faculdade. É isso mesmo, começamos a fazer cerveja pelo simpels fato de ter acesso barato à bebida, olha só onde chegamos. Hoje fazemos pelo prazer de experimentar um dos melhores prazeres da vida.
Não sou religioso, mas se há algo divino neste mundo com certeza é este líquido precioso que hoje temos o privilégio de produzir em casa.
Continuando a história, passamos por muitas dificuldade tetando produzir as primeiras levas de cerveja caseira. Começamos com malte de cevada comprados em pequenas micro-cervejarias e tentando utilizar o famoso fermento de pão e filtro de pano de algodão. Terrível!!! Mas quem um dia não tentou :-)
Mas aos poucos a situação foi mudando. Por volta de 2002/2003 as primeiras comunidades do Orkut começaram a surgir, e a cultura cervejeira começou a dar os primeiros passos. Após 1 ou 2 anos de estagnação, voltamos a produzir cerveja, tentamos até produzir para venda, mas como devem imaginar não deu certo na época.
Com o tempo as brassagens foram melhorando e ganhando mais sabor e vida, e até um rótulo foi merecido. Com a grande ajuda do cervejeiro Marcus Alves também membro da ACervA Paulista e produtor da Cerveja Sorocabana, a Cerveja DeSanti ganhou sua imagem, e o primeiro rótulo foi para a IPA, umas das cervejas que mais aprecio.
Finalmente em 2007 surge a ACervA Paulista, associação da qual faço parte hoje e tenho orgulho de poder colaborar e participar dos eventos. Através da ACervA Paulista tivemos acesso a muita informação e posso dizer que nestes últimos 4 anos de cerveja artesanal a evolução foi extremamente grande.
Para finalizar, digo que com certeza que a cerveja artesanal no Brasil está em pleno crescimento. Estamos aos poucos conseguindo difundir essa cultura maravilhosa pelo país e mobilizando cada vez mais pessoas com a causa.
Um brinde à cerveja e aos amigos.
Saúde, e boa cerveja!
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